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Rafael Vargas
O Lobo de Wall Street - do aclamado Diretor Martin Scorsese - tem uma excelente atuação do ator Leonardo DiCaprio e uma ótima produção cinematográfica. Contudo há um aspecto que deve ser exposto e que foi deixado de lado por muitos críticos e consumidores:
O vilão Jordan Belfort - protagonista interpretado por Leonardo diCaprio - foi tratado como herói, como alguém criativo, que, por meio de sua genialidade e criatividade criou um sistema d enriquecimento fenomenal. O que se omite aqui da maneira contundente é que ele era um estelionatário. O criminoso causou um dano gigantesco, quebrando as economias de vidas inteiras de pessoas simples, apenas para manter seu luxuoso e extravagante estilo de vida.
Não foi mostrada nenhuma das famílias que perderam tudo devido a seus golpes ou os impactos que sua movimentações fraudulentas tiveram na economia americana. O filme pode acabar deixando de ser apenas um momento de entretenimento para se tornar um incentivo à corrupção, ao enriquecimento ilícito, à mentira e à criatividade fraudulenta.
Se estivesse no lugar de alguns dos clientes que foi prejudicado pelo personagem central e seus comparsas, certamente não teria ficado feliz com a forma como o filme foi exposto.
Se você pretende assistir ao filme, tenha em mente que Jordan Belfort é um criminoso, e não um modelo a ser seguido. Procure também imaginar o dano corrosivo que cada uma de suas atitudes tiveram na vida das pessoas à volta do criminoso.
Após o cumprir pena, ele foi convidado a dar palestras, inclusive no Brasil. Vejam só. A personalidade "carismática" do vilão é, sem dúvida, fator preponderante para sua ascensão no mundo financeiro, mas isso só é um mérito quando agrega valor e não quando se destrói, rouba e engana.
Segundo a Revista Infomoney, o Lobo de Wall Street nunca pediu desculpas pelo que fez. Acompanhe no site da revista: O Lobo de Wall street nunca pediu desculpas
Sobre o convite do nefasto protagonista a palestrar no Brasil: Acerca da palestra em Olinda
